Adelmar Borges
Há muitos anos atrás nas terras tocantinenses, os povos indígenas começaram a ter seu território ameaçado com a chegada dos bandeirantes, portugueses, franceses e espanhóis que adentravam nas matas desbravando o território brasileiro a procura de ouro.
Assim o professor Adelmar começa a narrar outra história, quando ainda estávamos presos aos gritos das almas das corredeiras de Santa Izabel. E nos pomos a ouvi-lo.
– Como já se sabe, o massacre sucedido aos povos indígenas foi avassalador nesta região.
As tribos percebendo que não tinham chances na luta contra os homens brancos, bateram em retirada, usando o conhecimento e experiência de vida que tinham da floresta. E foram se exilando cada vez mais mata adentro, fugindo dos maus tratos, epidemias de doenças, e da exploração do homem branco.
– A verdade é que as tribos indígenas de modo geral estavam se dizimando, e a tristeza era avassaladora.
Vendo tamanha tristeza entre seu povo, Tupã ficou comovido e para revidar enviou à terra um pássaro canoro, chamado pelos índios de Irapuru.
– A primeira vez que o Irapuru cantou, mães e filhos indígenas reunidos na tribo choravam as perdas de filhos e mães. Ao ouvir seu maravilhoso canto, uma calmaria abrandou os corações dos desesperados.
Os índios maravilhados começaram a procurar com os olhos, nos galhos das árvores mais altas pelo pássaro que viera trazer um pouco de felicidade a sua vida.
O canto do Irapuru é uma lenda que vive entre os povos indígenas da região tocantinense.
Lucinalva Ferreira, Davino Pereira Lima Júnior, Osmar Dantas, Agna da Silva Gomes Santos, Sirleide Lopes Martins Dantas, Laiany Paulino de Queiroz, Vitória Maria Tavares Lima, Luemily Karine Saraiva de Sousa, Juliana Déborah Oliveira da Silva, Laila Jaqueline Santos Claudiano, Ana Paula Oliveira Borges, Andressa Silvino de Sousa, Letticya Silvestre Carvalho.