Adelmar Borges
Remando sua canoa, sobre as águas quase paradas,
Descendo o Araguaia rumo ao Travessão,
Um ribeirinho vê sobre uma pedra, sentada,
Distante uma moça lhe acenando com a mão.
Notou que a mesma estava lhe chamando
Para atendê-la, apressado sua canoa remou,
Mas, da pedreira, quando foi se aproximando,
A moça para às águas profundas do rio deslizou,
Pensativo para casa voltou
Ao chegar, a tristeza do filho a mãe percebeu
Impaciente com carinho ela logo perguntou
Meu filho o que foi que contigo aconteceu?
Mãe! Vi uma moça bonita, muito bonita
Enquanto eu remava, ela para mim sorriu
Em seus cabelos longos, tinha um laço de fita
Quando me aproximei nas águas ela sumiu.
A mãe ouvira com tristeza tudo que o filho lhe contou
No peito uma forte dor a mãe sentiu
Para não cair, num banco tosco se sentou
Com lágrimas no olhar paciente, ela pediu:
Meu filho, não vá mais ao Travessão:
Veja, a moça que você viu sentada na pedra, é a Iara!
Ela é encantada, seu sorriso é a morte; quando ela canta,
Até a água do rio para.
O tempo passou
E a pobre mãe vivia sempre preocupada
Esquecendo seu pedido, o filho, um dia para pescar o rio desceu.
Mais tarde sua canoa foi encontrada, e o jovem ribeirinho nunca mais apareceu.
Lucinalva Ferreira, Davino Pereira Lima Júnior, Osmar Dantas, Agna da Silva Gomes Santos, Sirleide Lopes Martins Dantas, Laiany Paulino de Queiroz, Vitória Maria Tavares Lima, Luemily Karine Saraiva de Sousa, Juliana Déborah Oliveira da Silva, Laila Jaqueline Santos Claudiano, Ana Paula Oliveira Borges, Andressa Silvino de Sousa, Letticya Silvestre Carvalho.